Primeira Luz

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Part of the following chapter Crônica de Ruiz Velazquez #10
Esta carta desbotou-se com o tempo

Conforme nos aproximamos do farol, vimos que sua aparência era estranha. A Capitã Isabella acredita que seja um sinal para outros que chegarem à costa… é animador pensar que ela acredita que mais gente virá para cá. Se conseguirmos achar um jeito de acender esse farol, talvez outros navios nos encontrem com mais facilidade. A Capitã disse que, por enquanto, não acenderíamos nada até que explorássemos mais a ilha. Só depois de conquistarmos de fato o território é que o farol servirá para guiar outras embarcações até a costa, caso ela assim permita. Naquela noite, a tripulação passou a sussurrar que talvez eles pudessem usar o sinal luminoso, já que ela não queria... o que tinham visto na Costa de los Ahogados ainda os assombrava, e ninguém ali desejava se juntar aos espíritos se houvesse a chance de escapar. Eu também compartilhava desses medos. Mas decidi não dar voz aos meus pensamentos. Minha fuga será feita sem que ninguém saiba — mas primeiro preciso encontrar um lugar onde a Capitã não consiga me rastrear. R. Velazquez