22º Registro: Morte

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Uma página de diário, trazida pelo vento

Tudo que é bom vem do esforço. Eu sei disso mais do que ninguém. Um dia, a data de nosso naufrágio será um feriado comemorado em toda a ilha. Uma civilização gloriosa, nascida de uma semente de sofrimento. Mas, por enquanto, o sofrimento é imenso. Uma tempestade permanente nos aprisiona nesta ilha e afunda todos os navios que mandamos. Nenhuma ajuda virá. Estamos cada vez mais íntimos da morte. Aqui, ela é impermanente, mas onipresente. Cada vez que morremos, voltamos um pouco mais vazios. Preciso evitar que meu povo entre em desespero. Bem ou mal, esta prisão é nosso novo lar.