A Voz no Ar

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Part of the following chapter A Forja Empírea #8
Um segredo se esconde entre as falésias

Fiz uma descoberta peculiar hoje. Enquanto explorava as terras ao norte, me deparei com uma caverna. Ou melhor... alguma força me levou a uma caverna. Uma tempestade repentina me pegou na charneca. Enquanto o vento uivava e o ar frio rodopiava ao meu redor, tive uma certeza súbita de que poderia encontrar abrigo entre os penhascos. Foi como se uma força desconhecida tivesse sussurrado para mim no vento. Claro, encontrei um buraco enorme na encosta da montanha. Um viajante sábio teria ficado perto da entrada para enfrentar a tempestade, mas o mesmo fantasma que me chamou aqui puxou minha capa de viagem, me convidando a mergulhar ainda mais nas profundezas sombrias. O que encontrei lá dentro me deixou em êxtase. Grandes máquinas, há muito inertes, mas ainda fortemente ligadas aos espíritos de uma época passada. Em minha mente, eu podia vê-las, rugindo com vida, conectadas não apenas a este mundo, mas através do cosmos e à trama da própria realidade. Aparições de seus pretensos cuidadores agitavam-se ao meu redor, cheias de propósito e convicção. E então havia o cheiro. Como carvões queimados com um toque de enxofre, mas com algo etéreo por baixo. Atraiu-me para o centro, onde ficava uma grande fundição. Em algum lugar lá dentro, ouvi a mesma voz chamando, mais clara desta vez. Sua fala era estranha para mim, como faíscas crepitando e saindo do carvão da fornalha, e ainda assim, de alguma forma, podia sentir seu significado. Este lugar guarda segredos. Profundos. Antigos. E eles serão meus.